Monday, February 01, 2010
A LINGUAGEM DO TÉDIO
Todos os dias somos bombardeados pela economia, pela linguagem dos economistas, dos contabilistas e dos empresários. Tudo está na bolsa, tudo é mercado. Mesmo os pretensamente mais esquerdistas se deixam contagiar. Tudo tem um preço. Tudo é colectável, tudo é convertível em dinheiro.
Isto não é o homem! Isto não é o homem em construção de que fala Nietzsche, de que fala Henry Miller. Isto é apenas uma caricatura do homem. É vergonhoso ver o homem reduzido à conta, ao deve-haver, ao défice. O homem é espírito, coração e vontade. O homem não pode aceitar ser reduzido a um número, a uma percentagem. É por isso que não aceitamos a linguagem dos economistas, dos empresários, dos financeiros. Aliás, evitamo-la.
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