Monday, May 10, 2010

ZAPATISTAS

Sexta Declaración de la Selva Lacandona

Posted: 09 May 2010 08:30 PM PDT

Ésta es nuestra palabra sencilla que busca tocar el corazón de la gente humilde y simple como nosotros, pero, también como nosotros, digna y rebelde. Ésta es nuestra palabra sencilla para contar de lo que ha sido nuestro paso y en donde estamos ahora, para explicar cómo vemos el mundo y nuestro país, para decir lo que pensamos hacer y cómo pensamos hacerlo, y para invitar a otras personas a que se caminan con nosotros en algo muy grande que se llama México y algo más grande que se llama mundo. Esta es nuestra palabra sencilla para dar cuenta a todos los corazones que son honestos y nobles, de lo que queremos en México y el mundo. Ésta es nuestra palabra sencilla, porque es nuestra idea el llamar a quienes son como nosotros y unirnos a ellos, en todas partes donde viven y luchan.

Friday, May 07, 2010

LUTA POPULAR

Fomos aos escaparates dos jornais e demos por estas pérolas…



- O BE quer uma agência de rating europeia... Isto é para rir, não? Sendo europeia, dependente do BCE, será isenta e livre dos interesses do Capital, é isso?...



- Cavaco Silva, depois de defender há dias a «economia do mar», vai dia 7 à zona Oeste e estará em Peniche. Ele agora só fala do Mar, não é?... Então, quando foi primeiro-ministro, o que fez Cavaco Silva do mar, dos portos, das pescas, da marinha mercante, da construção e reparação navais? Vocês certamente que se lembram, nós nos recordamos como fosse hoje, muito bem...



- Constâncio voltou a Lisboa e com o seu ar seráfico defendeu que afinal talvez seja bom parar com os «grandes investimentos públicos» (como o aeroporto e o TGV) e apressar as medidas de austeridade contidas no PEC (e porque não criar umas novas)...



Começa a ser hora de partir os costados a este tipo de gente, não acham? É fartar vilanagem!

http://lutapopularonline.blogspot.com

A CAIR, A CAIR

O PSI 20 encerrou hoje a perder 2,94 por cento para 6.624,29 pontos, fechando uma semana marcada por perdas por toda a Europa
A contribuir para a forte queda do PSI 20 esta semana esteve o alerta da agência de notação financeira Moody’s de que poderia baixar o rating de Portugal em “um ou dois níveis”.

“Os mercados financeiros viveram uma semana de fortes quedas, pressionados pelas preocupações com o eventual impacto negativo da crise da dívida grega na recuperação da economia mundial e nas contas públicas de outros países da zona euro, nomeadamente Portugal e Espanha”, disse a analista de acções da Millenium BCP, Telma Santos, à Lusa.

Ao contrário do que aconteceu ao longo da semana, nesta sessão não foi a banca que empurrou a praça nacional já que tanto o BCP como o BPI fecharam em terreno positivo. O banco liderado por Santos Ferreira fechou a ganhar 1,13 por cento para 0,63 euros, enquanto a instituição liderada por Fernando Ulrich avançou 1,88 por cento para 1,52 euros.

A EDP também fechou a sessão a ganhar, ainda que ligeiramente, crescendo 0,50 por cento para 2,60 euros.

Quinta-feira, a eléctrica apresentou os resultados do primeiro trimestre de 2010 com lucros de 309 milhões de euros, mais 17 por cento do que em período homólogo do ano anterior.

Nesta sessão 17 empresas perderam valor, com cinco cotadas a descerem mais de 4 por cento.

O ‘peso pesado’ Portugal Telecom foi o título que mais empurrou o índice, ao perder 8,22 por cento para 6,48 euros.

No sector da energia, à excepção da EDP, todas as cotadas fecharam em vermelho. A EDP Renováveis recuou 3,93 por cento 4,87 euros, enquanto a Galp caiu 3,90 por cento para 10,72 euros. A REN perdeu 1,13 por cento para 2,54 euros.

A Sonaecom fechou a perder, recuando 0,40 por cento para 1,24 euros, com os investidores a ignorarem os 8,2 milhões de euros de lucro conseguidos pela empresa no primeiro trimestre de 2010.

A Glintt, que quinta-feira apresentou lucros de 943 mil euros referentes ao primeiro trimestre de 2010, um crescimento de 17 por cento face ao período homólogo de 2009, manteve a sua cotação inalterada em 0,61 euros.

Esta foi uma sessão com razoável liquidez, com 100 milhões de ações a trocarem de mãos no valor aproximado de 186 milhões de euros.

O PSI 20 teve hoje um comportamento semelhante às principais praças europeias. Paris liderou as perdas a cair 4,60 por cento para 3.392,59, seguida de Madrid que recuou 3,28 por cento para 9.046,10 pontos. Frankfurt registou perdas de 3,27 por cento para 5.715,09 pontos e Londres recuou 2,48 por cento para 5.130,75 pontos.

O índice Dow Jones 50 perdeu 3,69 por cento para 2.327,66 pontos e o índice Euronext 100 recuou 4,36 por cento para 613,50 pontos.

“A crise da dívida grega intensificou-se esta semana com a confiança dos mercados financeiros a evaporarem-se perante a violência dos protestos nas ruas de Atenas. Os tumultos resultaram em alguns das maiores e mais sustentadas quedas desde o início da recuperação económica, há um ano”, afirma à Lusa Andrew Webb, especialista da gestora de fundos norte-americana Fidelity.

Para o especialista, “em todo o mundo cresce o sentimento de que a crise financeira do Sul da Europa saia de controle”.

www.publico.clix.pt

ESTRANHO, MUITO ESTRANHO...

O Bloco de Esquerda (BE) decidiu que não vai consultar os resumos das 173 escutas que chegaram ontem à tarde ao Parlamento. A tomada de posição foi divulgada hoje e é justificada pelo facto de Francisco Louçã ter já repetido que o Bloco entende que as escutas não são relevantes para o objecto da comissão.
A recusa do BE é sustentada com os discursos de Louçã (Nelson Garrido/arquivo)

Os resumos das escutas do Face Oculta, solicitadas pelo PSD à comarca do Baixo Vouga, envolvem conversas entre Armando Vara, Paulo Penedos e Rui Pedro Soares. E, segundo uma carta enviada à comissão pelo juiz de instrução criminal de Aveiro, António Costa Gomes, afiguram-se indispensáveis para compreender a tentativa de compra da TVI pela Portugal Telecom.

O PÚBLICO apurou que a recusa dos bloquistas em consultar e analisar os resumos é sustentada com os discursos de Francisco Louçã, que, por diversas vezes, defendeu que as escutas do processo Face Oculta devem ser mantidas sob o foro judicial.

João Semedo, deputado do BE e relator do inquérito, ficará assim privado de aceder a esta documentação, pelo que as escutas só irão figurar no relatório caso os restantes partidos políticos façam alusão às mesmas em reuniões e audições.

Thursday, May 06, 2010

MANIFESTO DA CANDIDATURA DE ANTÓNIO PEDRO RIBEIRO À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA


MANIFESTO DA CANDIDATURA DE ANTÓNIO PEDRO RIBEIRO À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

O poeta António Pedro Ribeiro, aderente nº 346 do Bloco de Esquerda, declara-se candidato à Presidência da República, com o apoio do Partido Surrealista Situacionista Libertário. A candidatura será apresentada no bar Púcaros, no Porto (Âlfandega) na próxima quarta, dia 12, pelas 23,30 h.


Numa era em que o mercado, a bolsa e as agências de rating comandam tudo. Numa era em que o Presidente e o Governo se limitam às contas de mercearia. Numa era em que a revolução alastra na Grécia. Numa era em que os diversos poderes nos reduzem à condição de mercadoria. Numa era em que a economia é uma treta. Numa era em que a dignidade humana percorre as ruas da amargura. Numa era em que o país só anda à batatada por causa da bola. Numa era em que a moeda cai. Numa era em que no meio do caos se faz o Carnaval. Numa era em que "a revolta torna a crise passageira". Numa era em que o melhor governo é não existir governo nenhum. Numa era em que a esmagadora maioria dos políticos mete nojo. Eu, António Pedro Ribeiro, 41 anos, declaro-me candidato à Presidência da República.
Numa era em que o tédio reina. Em que as lutas pelo poleiro já enfadam. Numa era em que começamos a ficar fartos do paleio da norma. Numa era em que já não há pachorra para as conversas da corte e para as falinhas mansas. Numa era em que o futuro se faz agora. Eu, António Pedro Ribeiro, 41 anos, declaro-me candidato à Presidência da República.


António Pedro Ribeiro ou A. Pedro Ribeiro é autor dos livros "Um Poeta no Piolho" (Corpos, 2009), "Queimai o Dinheiro" (Corpos, 2009), "Um Poeta a Mijar" (Corpos, 2007), "Saloon" (Edições Mortas, 2007), "Declaração de Amor ao Primeiro-Ministro" (Objecto Cardíaco, 2006), "Sexo, Noitadas e Rock n' Roll- três edições-Pirata, 2004) e "À Mesa do Homem Só. Estórias" (Silêncio da Gaveta, 2001). É diseur e performer, tendo actuado duas vezes no Festival de Paredes de Coura em 2006 e 2009 (esta com a banda Mana Calórica) e nas "Quintas de Leitura" do Teatro Campo Alegre no Porto em 2009. Nasceu no Porto em Maio de 1968, viveu em Braga, e actualmente reside em Vilar do Pinheiro (Vila do Conde).

Com os melhores cumprimentos,

António Pedro Ribeiro
tel. 965045714
Serafim Morcela

http://partido-surrealista.blogspot.com
http://tripnaarcada.blogspot.com

REPRESSÃO NO MÉXICO


Acción en solidaridad con los presos y presas por luchar y con el pueblo
de México en lucha.París,Francia.

A los compañeros y compañeras de la otra Campaña
A nuestros compañeros y compañeras presos
A los compas de México y del mundo que luchan abajo y a la izquierda

El día de hoy 4 de mayo de 2010 a cuatro años de la brutal represión que
sufrieron el pueblo de Atenco y Texcoco, el FPDT y los miembros de la otra
campaña, decidimos manifestarnos irrumpiendo en la función de cine del
instituto cultural de México en París, instrumento del que se sirve la
embajada para presentar al “México lindo”. El día de hoy, el otro México
interrumpió la tranquilidad del público con la intervención de grupos de
solidaridad. Se repartieron volantes con información sobre Oaxaca, sobre
todos los presos políticos de la otra campaña y sobre los proyectos
eco-turísticos que promueve el mal gobierno. Contando con el interés del
público, se denunció el ataque paramilitar que sufrió la caravana de
solidaridad con el municipio autónomo de San Juan Copala, recordando el
asesinato de Alberta Cariño Trujillo, “Bety”, y de Jyri Jaakkola. Se
recordaron a los presos que dejó la violenta represión de Atenco. Así
mismo se informó sobre la situación que se vive hoy en México, en Oaxaca,
en Chiapas, en Michoacán y en Guerrero donde los grupos paramilitares, los
militares y los malos gobiernos declaran la guerra a los luchadores
sociales y a los pueblos indígenas por medio de la represión, el
encarcelamiento, la desaparición, la expulsión, la tortura y el asesinato.

En el contexto de la campaña primero nuestros presos y de la campaña
justicia y libertad por Atenco, levantamos nuestra voz para exigir su
inmediata liberación.

El público se mostró interesado, hicieron preguntas sobre la situación que
se vive en México. Se logró crear una platica con ellos que fue
interrumpida por la llegada de la policía, a la demanda de este instituto
que nos obligó a salir de la sala, pero no salimos solos, salimos
acompañados con un tercio del público indignado por la situación en México
y por la censura que trata de imponer este dicho instituto cultural. Con
las consignas, ¡Bety y Jyri viven! ¡La lucha sigue! ¡Ulises Ruiz asesino!
¡Instituto cultural cómplice! ¡Aquí y allá, la lucha seguirá!, dimos por
terminada nuestra acción.

Compañeros y compañeras en pie de lucha, ¡no están solos!
¡Presos y presas libertad!

En solidaridad,

Comité de solidaridad con los pueblos de Chiapas en lucha, CSPCL
Grupo Les trois passants

——– ————- ——————
En Madrid

En pasado día 4 de mayo, a cuatro años de los hechos ocurridos en San
Salvador Atenco, en el Estado de México, y a escasos días del ataque de
un grupo paramilitar a la Caravana de Paz que se dirigía a San Juan
Copala, en Oaxaca, que tuvo como resultado dos muertos, miembros de los
grupos de solidaridad con los zapatistas de Madrid, hicimos entrega de
una carta de protesta en la Embajada de México en esta ciudad, en la
que, en relación con Atenco, expresábamos nuestra exigencia de que el
caso sea revisado con imparcialidad y se libere a las personas que
permanecen presas; igualmente, respecto a lo ocurrido en la región
triqui de Oaxaca, reclamabamos al Gobierno mexicano una investigación
inmediata, el castigo para los asesinos, el cese de los ataques por
parte de los paramilitares y que se establezcan las condiciones de
seguridad para todas aquellas personas que han sido amenazadas en la región.

A la salida de la Embajada, en una sala ubicada a pie de calle, sede
del Instituto de Cultura de México, donde se realizaba una conferencia
de prensa con motivo de la gira por el Estado Español de un grupo de
música mexicano, se hicieron varias preguntas, informando, al mismo
tiempo, a los periodistas allí presentes, sobre la situación que vive
ese país.

En la tarde, acudimos al Ministerio de Asuntos Exteriores, para hacer
entrega de un escrito en el que se reclama al Gobierno español y a la
Unión Europea, que transmitan al Gobierno mexicano esa exigencia de
respeto a los derechos humanos y de protección de la vida, la seguridad
y la integridad de las personas que trabajan por su defensa, de acuerdo
con los derechos y libertades proclamados por la justicia universal y
los tratados internacionales, especialmente con ocasión de la próxima
cumbre entre la Unión Europea y América Latina, en la que no deberían
participar representantes de gobiernos que no respetan dichos derechos
fundamentales.

Frente al Ministerio, un grupo de personas nos reunimos para manifestar
nuestra repulsa por los hechos arriba mencionados, realizando un dibujo
alusivo y repartiendo una pequeña nota explicativa de lo sucedido a las
personas que pasaban por el lugar.

Madrid, 4 de mayo de 2010
Centro de Documentación sobre Zapatismo
Grupo Iru
Plataforma de Solidaridad con Chiapas de Madrid
Red de Apoyo Zapatista

Wednesday, May 05, 2010

O MUNDO MUDA


Quando pegas na caneta
o mundo muda
quando olhas para a bola
o mundo muda
quando as mulheres se vêm
o mundo muda
quando os gajos falam
o mundo muda
quando esperas a hora
o mundo muda
quando te oferecem tudo
o mundo muda
quando te faltam os trocos
o mundo muda
e quando és tu próprio
o mundo é teu.

SEM COMENTÁRIOS

O maior plano de sempre de resgate a um país pode não ser suficiente. Dada a onda de contestação social, a Grécia corre o risco de não conseguir ter condições internas para aplicar todas as medidas de austeridade que lhe estão a ser exigidas. Os protestos voltaram ontem às ruas de Atenas

(Aris Messinos/ AFP Photo)
A dívida helénica pode sofrer um reescalonamento. Espanha e Portugal podem ser obrigados a pedir ajuda financeira. O euro pode não resistir a esta crise. A União Europeia pode ter de deixar falir alguns Estados. Estas foram dúvidas que dominaram ontem os mercados financeiros e que estiveram na base de nova hecatombe nas bolsas, de uma forte desvalorização do euro, de nova escalada nos juros das obrigações dos países do Sul da Europa.

A bolsa de Lisboa perdeu 4,21 por cento, a de Madrid 5,41 por cento, e a grega 6,68 por cento. As restantes congéneres europeias e a praça de Nova Iorque também fecharam no vermelho. No centro da violenta queda dos mercados esteve o sector financeiro - pela forte exposição à dívida pública grega - e, ainda, a participação que alguns bancos, designadamente alemães, vão ter no plano de resgate. Em Lisboa, o BCP caiu mais de seis por cento, o BES e o BPI caíram 4,5 por cento.

Segundo dados divulgados ontem, os bancos portugueses aparecem em terceiro lugar, depois dos alemães e franceses, como os mais expostos à dívida helénica. Terão em carteira cerca de 10 mil milhões de euros de obrigações gregas. Ontem, alguns bancos europeus registaram perdas de 7 por cento, mas foi o Nacional Bank of Greece a perder mais de 12 por cento.

E agora?

O que podem fazer os países que são vítimas da desconfiança dos investidores para travar esta onda devoradora dos mercados? Não é fácil responder. Em relação a Portugal e Espanha, a solução pode ser não fazer nada. Cristina Casalinho, economista-chefe do BPI, admite que tudo o que possa ser anunciado, neste momento, como medidas complementares para combater o défice pode ser anulado pela pessimismo dos investidores.

Depois de ter lançado uma recompra de Obrigações do Tesouro, para dar um sinal de confiança ao mercado, o PÚBLICO apurou que o IGCP, instituto de gestão da dívida pública portuguesa, vai manter o leilão de Bilhetes do Tesouro (com a maturidade curta, até ao limite de 12 meses), no montante de 500 milhões de euros, prevista para hoje. Segundo uma fonte próxima, o IGCP entende que cancelar a emissão seria um mau sinal a dar ao mercado; o risco poderá ser o de ter de pagar uma taxa de juro mais elevada.

Depois desta emissão, que já estava anunciada, a solução poderá passar por manter alguma distância do mercado, até onde for possível aguentar, admitiu em declarações ao PÚBLICO um analista financeiro.

Face à maior queda do ano da bolsa de Madrid, o primeiro-ministro espanhol apressou-se a desmentir que o país tenha necessidade de pedir ajuda financeira, mas a classificação dos rumores de "absoluta loucura" não conseguiu estancar a derrocada do principal índice.

"Só as opiniões pessimistas têm eco no mercado; os contra-ataques positivos não surtem efeito", explicou o analista português, que pediu para não ser identificado.

O anúncio de que a Grécia pode aumentar a tributação dos lucros das empresas foi anulado pelas imagens de contestação social dos gregos. Por outro lado, o mercado começa a pensar que, mesmo que a Grécia consiga executar tudo o que lhe é pedido, dentro de três anos o país pode estar novamente com problemas sérios.

José Santos Teixeira, da Optimize (sociedade gestora de patrimónios), disse ao PÚBLICO que uma das coisas que estão a inquietar os investidores é a possibilidade de a Grécia, dentro de três anos, estar a pedir uma "reestruturação da dívida" sob três formas: perdão parcial, aumento do prazo do reembolso, baixa da taxa de juro ou, mesmo, as três medidas. Santos Teixeira adianta que se o plano não der sinais de que vai resultar, a Alemanha poderá não esperar até 2014 para constatar a sua ineficiência, podendo exigir a separação dos países da eurolândia em dois grupos: os do euro forte e os do euro débil.

No fio da navalha

A discussão está agora focalizada no futuro do euro. A fazer mossa nos mercados estiveram as declarações do Nobel da Economia, Joseph Stiglitz, de que o euro "pode ter um futuro limitado"; ou do ministro das Finanças alemão, a defender que "a UE deve ser capaz de programar insolvências controladas de países-membros".

Não é um problema de resolução imediata, mas esta crise pode forçar a União Europeia a avançar para uma maior integração política e económica, criando por exemplo uma entidade, uma espécie de FMI europeu, que possa assegurar financiamento aos Estados e fiscalize o cumprimento das regras de disciplina financeira. As divergências e a demora em relação ao programa de apoio à Grécia originaram desconfiança em relação à sustentabibilidade da moeda única.

Com Cristina Ferreira
www.publico.clix.pt

Tuesday, May 04, 2010

POR ISSO BEBO


Bebo. Eis a minha filosofia. Bebo para matar o tempo. Os outros agarrados às contas. E eu bebo. Se tivesse mais dinheiro beberia mais. Se tivesse aqui companheiros, companheiras, punha-me a pregar. A dona até me pisca o olho. As gajas descascam-se nos videoclips. Bebo. Não subo às montanhas como os beatnicks. Não curto a natureza. Bebo. Limito-me a beber. Subo às montanhas de mim mesmo. Tenho visões. Sim, na sexta-feira tive visões. Queria ver o sol. A jornalista da SIC-Notícias é boa e bonita. Já na quinta o vinho rasca do Luís parecia coca. Estava a passar-me no Púcaros. A verdade é que, ao fim ao cabo, tenho pedal de mais para este mundo. Por isso caio. Por isso me aborreço. Por isso detesto a vossa vidinha. Por isso não me deixo levar pelo Telejornal. Por isso bebo.
Tenho de beber. Tenho de beber para aguentar esta merda. Passar quatro, cinco dias nesta zona suburbana dá cabo de mim. Não se passa nada. Ao balcão lêem-se jornais. Olha-se para o cu de algumas gajas. O patrão matulão ao telemóvel. Tédio. Só me dais tédio. Tenho vontade de viver, de curtir mas só me dais tédio. Isto não é Braga. Isto não é "A Brasileira". Até se fala alemão. Até se passa rock. Mas isto não é "A Brasileira".

VENS


Vens
abanas as ancas
vens
dás espectáculo
vens
pedes o pão
entregas a nota
vens
sais
vais-te embora.