Tuesday, January 25, 2011
POETA-MAGO
Poeta-mago
sou da Criação
amo a mulher que está
no mundo
que mexe nos trocos
e na mercadoria
Escrevo
e penso que estou
a mudar o mundo
a própria mulher
amo-a
venho da infância
tenho em mim
Jesus e Zaratustra
Vou beber cervejas ao inferno
mas quero de volta o paraíso
És minha,
mulher que dás o pão e a vida
que te fechas no negócio
mas que ainda queres o príncipe
príncipe já não sou
as barbas cescem
a barriga incha
sou antes aquele
que vem da criação
e da vida
séculos atrás de séculos
á tua procura
a travar batalhas
na demanda do Graal
do reino perdido
nada te posso dar
a não ser o paraíso.
A. Pedro Ribeiro, "Motina", 20.1.2011
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