Monday, November 02, 2009
O HOMEM EM FRENTE AO COPO
Bebo e limito-me a beber
já nem tento ler
é só a cerveja à minha frente
a arder
à espera da hora do ensaio
nem sequer consigo
escrever coisas interessantes
bebo e limito-me a beber
a isto me resumo
as minhas amigas estão distantes
nem sequer v~em assistir
aos meus espectáculos
e eu limito-me a permanecer aqui
em frente ao copo
não há aqui magia
nem alquimia
é apenas o homem em frente ao copo
Bebo e limito-me a beber
não me peçam grandes discursos filosóficos
poemas homéricos
limito-me a escrever
o que me passa na cabeça
a cada instante
sou o homem que bebe
e renasce
a cada copo
já nem sequer
tenho a força de outrora
apenas permaneço.
"Petúlia", 28.10.2009
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