Friday, January 29, 2010

PADEIRINHA


A "Padeirinha" mudou de gerência. Há vampiros na televisão e empregadas bonitas por todo o lado. Olha! Agora o tasco fecha às 9. Casa de respeito, dizem. Sou candidato. Devo assumir-me como tal. Continuo a ser poeta e filósofo. Continuo a ser o homem do mundo. Sou das mulheres. Dou-me às mulheres. Sabes quem eu sou? Eu sou o homem da liberdade e da vida. Sabes com quem falas? Sou o homem da Palavra. O homem que vem da noite. O homem, o poeta dito maldito, dito anarquista. São os outros que o dizem, não sou eu! Eu que visto a pele do actor, do animal de palco. Há 20 anos que sei perfeitamente onde quero chegar. Há 20 anos que tenho visões. Não tenho de falar a linguagem da economia. Não tenho de falar a linguagem da finança. Não vou discutir orçamentos nem acordos com a direita. Não sou político nem amante da finança. Não sou igual a eles. As raparigas lavam o chão e eu escrevo demais. Tenho escrito demais. Isso não agrada aos literatos. Sou um actor. É o que dizem. Vou continuar a representação.

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