Friday, July 17, 2009

MANIFESTO META-MANIFESTO


Manifesto Meta-Manifesto Dada Engine
Postado em 4 de Burocracia de 3173 YOLD , às 4:44:34 Peterson Espaçoporto Silêncio

1. Não resta mais nada do que antes era o que se chamava Eu.
2. Tudo o que se escreve é repetição indômita do que se foi.
3. “There´s nothing i could say that i haven´t thought before”.
4. Não há nada que eu possa dizer, que eu não tenha pensado antes.
5. A tentativa tão desesperada de alguma oriniginalidade é vã; é vaidade infrutífera. Tão inútil quanto despropositada.
6. Toda originalidade reside na repetição monótona, do que é, foi e será.
7. Não há fuga possível da finitude para o Eu.
8. O Eu não pode fugir da finitude.
9. O Eu é a própria finitude, monotonia.
10. Os mascaramentos, na forma de deslumbramentos, por mais que distraiam, não apresentam solução real.
11. A desesperança pode ser sincera, ainda.
12. Vive-se como se pode. Qualquer meio de vida ou sobrevivência é tão válido quanto outro.
13. Quem pode com absoluta certeza legitimar a fundo qualquer regra?
14. vive-se de ilusões.
15. Há ilusões mais ilusórias que outras.
16. Há ilusões mais ilusórias que outras?
17. Os critérios são ilusórios.
18. E quem poderá dizer que existe razão?
19. A razão, este vampira morto-vivo, sugador de sangue animal.
20. A incerteza, grande mãe da liberação.
21. Longe da paixão, longe da certeza, aquecido pelo frio, livre da felicidade, livre do destino, livre da referência e de lugar a se chegar: e por fim, livre da eternidade.
22. Expectativas, sonhos, desejos. Do indivíduo, dos outros, dos familiares. Quem é quem afinal? Quem quer o que afinal?
23. A mente, esta grande tela de TV.
24. Vive-se de imagens.
25. Quem vive a vida? O humano ou a TV?
26. Fragmentos ou unidade?
27. Conceitos ou ações?
28. Ações sem conceitos? Conceitos sem ações?
29. Superfície e fundo: questão de perspectiva.
30. A relatividade absoluta.
31. Resta alguma moral, verdade, bem e beleza enquanto valores absolutos?
32. A cultura como um castelo de cartas.
33. A cultura como um jogo de azar.
34. Quem está certo?
35. Rapaz negro do sax, música por favor!!!!!!
36. A melodia não encerra nenhuma verdade.
37. Os diferentes sentidos percebidos na palavra e na realidade possuem igual valor.
38. A realidade está morta.
39. A realidade está morta. Ela se suicidou.
40. A realidade está morta. A causa de sua morte é o eterno retorno.
41. A realidade é um mito.
42. A realidade não passa de um jogo idiota.
43. A verdade é a maior das mentiras.
44. A verdade está morta. Ela foi morta pela sociedade.
45. A verdade está morta. Ela foi morta pelas classes sociais.
46. Não existe nada mais falso do que o verdadeiro.
47. As coisas mais verdadeiras são as absolutamente falsas.
48. Somos todos mentirosos.
49. A sociedade é uma ilusão.
50. A sociedade não passa de uma piada de mau gosto.
51. As classes sociais são um mito.
52. Quem busca sentido nas classes sociais é um tolo.
53. Somos todos vítimas da cultura.
54. A civilização é o ruído de fundo da história.
55. A história não passa de uma brincadeira obscena.
56. A história está morta. Ela morreu de repetição infinita.
57. Estamos todos condenados à repetição infinita.
58. Não existe um fim para a repetição.
59. Estamos todos condenados à redundância infinita.
60. Não existe um fim para a redundância.
61. Aqueles que acreditam que existe um fim para o contínuo da redundância são idiotas.
62. A individualidade é uma ilusão.
63. A individualidade não passa de ruído.
64. Quem busca consistência na individualidade é um tolo.
65. Somos todos vítimas da individualidade.
66. A consciência está morta.
67. A consciencia está morta porque a individualidade a matou.
68. Somos todos ovelhas que se crêem conscientes.
69. Somos todos ovelhas que acreditam ser inteligentes.
70. Somos todos ovelhas.
71. Somos todos marionetes.
72. Somos todos autômatos.
73. Somos todos autômatos que acreditam ter autoconsciência.
74. A linguagem não é nada além de ruído.
75. Buscar coerência na linguagem é uma tolice.
76. As coisas mais significativas são as completamente sem sentido.
77. Não há nada mais significativo do que o absurdo.
78. O Demônio de Maxwell não existe.

No comments: