TO BE OR NOT TO BE THE KING
sou do rock
sou do rock
danço na pista
assim vai o artista
na ressaca da asneira
é a vida que me provoca
à esquina de Baco
a queda a bebedeira
sou o que sou
sou o que quero
cabelos ao sol
abertos libertos
sem falsas virtudes
nem damas castas
quem viu a morte
já nada teme
nada tem
só a palavra
só a queda
só a guitarra
há um ser em mim
que vai até ao fim
e o poeta só o é
perante o sangue
o sangue na guelra
narciso em busca da dama
que nos trama mesmo
quando nos ama
o poeta só o é
se enfrenta a rua
a fera
a noitada
e o resto é só
conversa fiada
conversa fiada
o poeta só o é
no barco bêbado
nos mares de gelo
à porta do Hades
ou dentro da mulher
que ama
o poeta é aquele que quer
o resto são patranhas
da Carolina de gente desfigurada
o poeta só o é quando canta
e diz a palavra
o poeta só o é quando sobe ao palco
ergue a espada
Excalibur
Artur
minha amada.
A. Pedro Ribeiro, "The King is Not Dead", pastelaria "Motina", Vilar do Pinheiro, 29.3.2007
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