Wednesday, July 27, 2011

TOMEMOS A PRAÇA


Á Helena Isabel

Os pequenos mordem, espreitam o leão ferido. E o leão não reage á primeira nem
á segunda. Parece vencido. Mas subitamente, quando já ninguém espera, o leão ouve o pai e reconhece a leoa. É assim também o revolucionário. Aparentemente adormecido, quase parece deixar-se levar pela treta. Anda entre os homens, vê TV, lê jornais, passa despercebido. Até ao dia em que explode e grita: "Não aguento mais! Eles estão a fazer-me a cabeça! Não vim para isto. Basta! Tenho que tomar a praça."

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