"Uma geração sem remuneração", diz a canção dos Deolinda. Uma geração sem emprego, sem dinheiro, dependente dos pais, de estágio em estágio, uma geração à deriva. Anos e anos de governo PS/PSD/CDS deixaram o país de rastos, sem futuro, sem presente para a nova geração, para os "nem-nem", para muitos quarentões.
Mas novos ventos sopram do Egipto, da Tunísia, do Magrebe, do Médio Oriente. É tempo de sair à rua, tempo de usar o Facebook para convocar manifestações em todas as cidades. Também para discutir, para debater. Porque Sócrates e Cavaco não prestam, porque Sócrates e Cavaco são os coveiros do país, porque Passos Coelho quer privatizar tudo e a senhora Merkel quer controlar tudo. É tempo de rebelião. "Acabou o tempo das risadas e das doces mentiras", dizia Jim Morrison em "The End". É tempo de deitar Sócrates e Cavaco abaixo, como se está a tentar fazer no Cairo com Mubarak. Os tempos estão a mudar. Não é mais tempo de telenovelas, de fofocas, do dinheirinho, do trabalhinho. É tempo de rebelião.
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