às mulheres da rua, da noite e do sexo
Mulheres de mim
até ao último copo
cair sair
sem mácula
em carne e osso
És o poeta
o gajo sem cheta
gramas as putas
falas com elas
amigo no palco
até acabar
és o poema
no meio do mar
Mulheres feias
mulheres sem rosto
andas roto
mas és o maior
putas rock n' roll
sempre a abrir
até ao sol se vir
na cara do totem
do homem que vem
dizer a palavra
cantautor
FMI Brigadas Vermelhas
é o homem que cai
e lança a chama na dança
como o Curtis
toujours, jamais
Deixa-o ir
deixa-o cair
ou então resistir
quero se foda
essa treta de merda
do poeta asceta
sem cheta agora
mas coberto de ouro amanhã
nos braços de Satã
do anjo que te ama
maria joana
dá-ma dá-ma dá-ma
Sou o filme e a canção
o caos no caos a rebelião
dás-me trunfos
e eu dou-te copas
gajas boas
já não me enganas
acendes o cigarro
e eu dentro delas
quebra o ritmo
as tarolas
poeta princípe
no sexo húmido delas
marco o ritmo
apanho pielas
É só camelos
e tu gostas delas
e só caramelos
e tu a vê-las
eu sou finito
mas tu não me levas
sou o infinito
estou para lá das eras...
Porto, BIG BEN, 18.2.2007
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