Thursday, May 03, 2012

Dizem que a mulher que eu quero não existe dizem que os meus poemas são potentes, que fogem à normalidade as minhas amigas pagam-me copos para financiar a revolução e eu vou existindo venho ao 25 de Abril, ao 1º de Maio espero pela Gotucha no Ceuta escrevo umas prosas poéticas e uns poemas prosaicos tomo café as empregadas de mesa tratam-me bem vou observando o mundo a mulher que lê ao fundo o 1º de Maio na Praça sinto-me, de facto, como Pessoa os anos vão passando e eu vou fazendo as minhas coisas sem grandes sobressaltos poderia ter mais dinheiro nos bolsos A Gotucha chegou. Porto, Ceuta, 1.5.2012

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