Monday, December 26, 2011

SOBRE A CRÍTICA DO ALEXANDRE TEIXEIRA MENDES A "CAFÉ PARAÍSO"

O Alexandre Teixeira Mendes situou-me entre o urbano, o beat, os situacionistas e a ebriedade. Penso que me situou bem. De facto, estou nos antípodas do lirismo e do bucolismo. Só uma parte dos meus escritos são realmente bons. Mas quem não tem escritos menores? Sim, sou essencialmente o poeta da urbe, dos cafés, da cidade, fundamentalmente do Porto e de Braga. A aldeia onde moro, Vilar do Pinheiro, é suburbana. Raramente canto as àrvores, as flores, os animais. Depois enquadro-me na filosofia beatnick, na rejeição do mundo do dinheiro, da gravata, do instituído, da norma. Estou com os situacionistas na rejeição da sociedade da troca e do tédio, na construção de um mundo livre, da liberdade absoluta em oposição às prisões quotidianas. Sou da ebriedade, de Dionisos, da loucura, da celebração, da festa, em ruptura com a normalidade, com o vazio deste mundo, com a ditadura dos mercados e da finança.

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