Monday, April 18, 2011

JERÓNIMO

Ajuda Externa: "Não negociamos com o FMI - Jerónimo de Sousa
*** Serviço áudio disponível em www.lusa.pt ***Lisboa, 17 abr (Lusa) - O secretário-geral comunista, Jerónimo de Sousa, garantiu hoje que o PCP recusa...



Ajuda Externa: "Não negociamos com o FMI - Jerónimo de Sousa
*** Serviço áudio disponível em www.lusa.pt ***

Lisboa, 17 abr (Lusa) - O secretário-geral comunista, Jerónimo de Sousa, garantiu hoje que o PCP recusará "negociar com o FMI", rejeitando ainda "credenciar" esta entidade para decidir "sobre o futuro de Portugal".

"Não temos nada que negociar com o FMI nem credenciamos o FMI para negociar sobre o futuro de Portugal", declarou o líder do PCP, no final de um encontro em Lisboa com cerca de mil militantes comunistas para preparar as eleições legislativas antecipadas, de 05 de junho.

Jerónimo de Sousa explicou que, "no quadro das relações institucionais", o PCP "exige toda a informação, junto do Governo, do Presidente da República ou do presidente da Assembleia da República", sobre a negociação, que se inicia esta semana, entre o Executivo e a troika (União Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional), sobre a ajuda externa a Portugal.

"Mas não credenciamos nem negociamos com uma entidade que consideramos que está aqui a praticar uma ingerência", declarou.

Reiterando que "o FMI não vai resolver nenhum problema" do país, "antes os vai agravar", Jerónimo de Sousa insistiu que é aos portugueses que cabe escolher quais as medidas a adotar em Portugal e que essa decisão será tomada nas eleições antecipadas.

"É um direito do povo português de rever todo e qualquer compromisso feito nas suas costas. Também no dia 05 de junho é preciso reafirmar que a soberania reside no povo e não em Bruxelas ou Berlim, que quem continua a mandar em Portugal deve ser o povo", declarou.

Sobre o pedido de ajuda externa, Jerónimo de Sousa sublinhou que "a dívida maior é da banca e não do Estado" e insistiu na proposta de renegociação da dívida, considerando que "a altura era agora".

"Havia e há alternativas a este roubo. Só era necessário um Governo com um mínimo de coragem e dignidade nacional que defendesse o interesse de Portugal", disse, condenando "os juros agiotas e especulativos cobrados pelos megabancos europeus, com conivência dos respetivos governos".


JH.

Lusa/fim

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